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Cuidado com o ‘golpe do exame’
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Cuidado com o ‘golpe do exame’

Publicado em 12/09/2025

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Uma nova forma de golpe tem feito hospitais e laboratórios alertarem seus pacientes sobre a ação dos estelionatários. O crime consiste em informar a um paciente que exames médicos serão entregues (muitas vezes referem algum resultado alterado), dizendo que o consumidor precisa receber os laudos em casa. Os golpistas enviam um motoboy, que cobra pela taxa de entrega e diz só aceitar o pagamento via cartão.

Na cobrança, o cartão é inserido em uma maquininha adulterada, que permite ao estelionatário fazer a transação fraudulenta pela conta bancária da vítima.

Em São Paulo, hospitais como o Samaritano, Alemão e Oswaldo Cruz, além de laboratórios como Fleury e Lavoisier, fizeram alertas sobre esse golpe e afirmam não fazer cobranças da entrega de exames, nem tratar de assuntos financeiros via aplicativo de mensagem. Em agosto, até o youtuber Casimiro Miguel, famoso pelas transmissões esportivas na internet, disse que sua mãe quase foi vítima desse golpe. Dois homens de São Paulo foram presos em agosto na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, suspeitos dessa fraude que está se espalhando em outras cidades do País.

O jornal O Estado de S. Paulo ouviu relatos de duas vítimas com modus operandi similar - ambas não quiseram se identificar. Nos casos relatados ao jornal, os bandidos se passaram por representantes de hospitais e laboratórios e informam às vítimas, via aplicativo de mensagem, que os resultados de exames que elas fizeram tiveram alteração. Por isso, os consumidores precisam receber o laudo atualizado para repassarem com brevidade a seus respectivos médicos.

No diálogo, os golpistas oferecem o serviço de entrega do exame via motoboy, mediante pagamento de uma taxa pequena. Em prints de conversa enviados é possível notar um tom de urgência na conversa - o que faz a vítima ficar aflita. Inseguras, elas informam o endereço aos criminosos.

Nas residências, os motoboys apresentam uma máquina de cartão, mas ocorre a troca por uma segunda, alegando falha no funcionamento da primeira.

Ao inserir o cartão nos dois dispositivos, o golpista acessa a conta bancária da vítima e faz transações fraudulentas.

Os golpistas reproduzem perfis falsos idênticos aos das contas comerciais das instituições verdadeiras. Chegam a colocar o e-mail do fornecedor dos exames, o respectivos endereço correto e o horário de funcionamento na descrição para o disfarce.

A polícia acredita também que os criminosos tenham acesso a informações sobre o histórico médico dos pacientes, pois entram em contato com pessoas que realmente fizeram exames recentes. No diálogo telefônico, os fraudadores chamam as possíveis vítimas, geralmente, pelos nomes completos.

56 milhões de vítimas em um ano

Um em cada três brasileiros sofreu um golpe na internet com prejuízo financeiro nos últimos 12 meses, o equivalente a 56 milhões de vítimas. A perda para a população com essa modalidade de crime - como golpes do Pix ou de boletos falsos, fraude contra cartão de crédito e compras não entregues - foi de R$ 111,9 bilhões.

As conclusões estão na pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que mede o impacto dos crimes na internet e contra o patrimônio no Brasil. 

A segunda edição da pesquisa “Vitimização e Percepção da Segurança Pública no Brasil, foi lançada há quatro semanas, durante o 19º Encontro Nacional do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em Manaus. De acordo com o levantamento, os crimes patrimoniais migraram das ruas para o ambiente digital, sobretudo depois da pandemia da Covid-19, em 2020.

O Instituto Datafolha entrevistou 2.007 pessoas em 130 municípios, de 2 a 6 de junho de 2025. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O intervalo considerado foi de julho de 2024 a junho deste ano.

Entre os entrevistados, 31,4% afirmaram ter sido vítimas de crimes que resultaram em vazamento de dados pessoais, um total de 53 milhões de vítimas em um ano. Outros 36,3% dos brasileiros disseram ter sofrido uma tentativa de golpe virtual, ou 61,3 milhões de pessoas, no mesmo período.

Os aparelhos celulares com acesso à internet são a porta de entrada para esses crimes, segundo o estudo. O Brasil tem hoje cerca de 258 milhões de smartphones em uso, o equivalente a 1,2 aparelho por habitante, de acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas.

Indivíduos que tiveram o celular furtado ou roubado apresentaram, entre julho de 2024 e junho de 2025, um aumento de aproximadamente 3,7 vezes nas chances de sofrerem um crime virtual, aponta o Datafolha.

A pesquisa destaca que facções criminosas ligadas ao narcotráfico passaram a operar também os golpes virtuais para aumentar seus lucros, em especial o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Se no início as ligações eram feitas de dentro dos presídios, operações policiais recentes revelaram um novo patamar de atuação, com centrais telefônicas estruturadas para a aplicação sistemática de fraudes bancárias e golpes digitais, com o uso do Pix, WhatsApp e cartões clonados.

A inserção das facções no universo dos golpes virtuais, segundo a pesquisa, explica-se pela necessidade de movimentar e lavar o lucro oriundo do tráfico de drogas e por seu baixo risco penal - os crimes digitais são de difícil investigação para o sistema de justiça criminal. E o atual sistema judicial alivia os efeitos das prisões em flagrantes, liberando os acusados nas audiências e custódia.

Ricos mais visados

Um dos principais achados da pesquisa, segundo o diretor do Fórum, é o fato de o crime virtual não mais ocorrer de forma aleatória. As facções escolhem seus alvos de acordo com a renda, de modo a aumentar as chances de lucros.

O Datafolha mostrou que 27,6% dos entrevistados classificados nas classes A/B afirmaram ter sido vítimas de contatos criminosos nos últimos 12 meses. Munidos dos seus dados pessoais, os chantagistas realizam ameaças e exigem dinheiro. Entre os indivíduos das classes C/D/E, o percentual foi de 16,4%.

Situação parecida foi verificada no pagamento por produtos adquiridos pela internet e que não foram entregues, com prevalência de 25,1% na classe A/B e de 15,4% na classe C/D/E. O maior contraste se deu sobre a suspeita da origem ou autenticidade de mercadorias adquiridas pela internet ou redes sociais: 46,3% dos entrevistados da classe A/B e 23,3% da C/D/E.

Fonte: Espaço Vital - www.espacovital.com.br - 11/09/2025

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