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O dirigente lembrou que a inflação fechou 2024 em 4,8%, acima da meta de 3% e do limite de tolerância de 4,5%. Por isso, teve de enviar ao Ministério da Fazenda uma carta justificando o descumprimento do objetivo. Ele também citou a transição do regime de metas anuais para metas contínuas, que exige novas explicações ao governo quando a inflação fica acima do limite por seis meses seguidos. “Se aceitarmos a margem de tolerância e trabalharmos com o teto da meta, em vez do centro, passamos a mensagem de que não perseguimos o objetivo principal. O risco é que o mercado incorpore isso nos preços, elevando ainda mais a inflação”, afirmou.
O presidente do BC também explicou que a eficácia da política monetária depende do comportamento da inflação. “Se os preços aceleram, mesmo com juros altos, a taxa de juro real cai e a política perde força”, disse. Apesar do nível elevado dos juros, Galípolo ressaltou que a economia brasileira tem mostrado resiliência, apoiada pelo mercado de trabalho e pela política fiscal. Ele citou o desemprego no menor patamar da série histórica, em 5,8%, e a renda em níveis recordes como fatores que mantêm a demanda aquecida.
Outro ponto destacado foi a dificuldade de explicar a investidores estrangeiros como o Brasil consegue crescer de forma consistente mesmo com juros elevados. Para Galípolo, programas sociais mais progressivos e mudanças na política fiscal aumentaram a renda disponível, o que impulsionou o consumo e surpreendeu as projeções de Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos.
Por fim, o presidente do BC defendeu cautela nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, a autoridade monetária não pode reagir de forma imediata a indicadores pontuais, como a deflação registrada no IPCA-15 de agosto, mas sim observar tendências mais duradouras antes de decidir eventuais cortes de juros.
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Galípolo diz que juros seguirão altos por período prolongado para conter inflação
Publicado em 29/08/2025
Presidente do Banco Central diz que redução da Selic só ocorrerá quando houver tendência clara de queda do IPCA, e não por indicadores pontuais
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (27) que a taxa básica de juros, a Selic, deverá permanecer em 15% ao ano por um período prolongado. Segundo ele, a convergência da inflação para a meta está em curso, mas ocorre de forma lenta, o que exige manter a política monetária em campo restritivo. Galípolo participou da abertura do 33º Congresso e Expo Fenabrave, em São Paulo. Durante o evento, ele destacou que, mesmo após ciclos de cortes e altas desde 2023, a Selic se estabilizou em nível considerado elevado tanto na comparação histórica quanto em relação a outros países emergentes.O dirigente lembrou que a inflação fechou 2024 em 4,8%, acima da meta de 3% e do limite de tolerância de 4,5%. Por isso, teve de enviar ao Ministério da Fazenda uma carta justificando o descumprimento do objetivo. Ele também citou a transição do regime de metas anuais para metas contínuas, que exige novas explicações ao governo quando a inflação fica acima do limite por seis meses seguidos. “Se aceitarmos a margem de tolerância e trabalharmos com o teto da meta, em vez do centro, passamos a mensagem de que não perseguimos o objetivo principal. O risco é que o mercado incorpore isso nos preços, elevando ainda mais a inflação”, afirmou.
O presidente do BC também explicou que a eficácia da política monetária depende do comportamento da inflação. “Se os preços aceleram, mesmo com juros altos, a taxa de juro real cai e a política perde força”, disse. Apesar do nível elevado dos juros, Galípolo ressaltou que a economia brasileira tem mostrado resiliência, apoiada pelo mercado de trabalho e pela política fiscal. Ele citou o desemprego no menor patamar da série histórica, em 5,8%, e a renda em níveis recordes como fatores que mantêm a demanda aquecida.
Outro ponto destacado foi a dificuldade de explicar a investidores estrangeiros como o Brasil consegue crescer de forma consistente mesmo com juros elevados. Para Galípolo, programas sociais mais progressivos e mudanças na política fiscal aumentaram a renda disponível, o que impulsionou o consumo e surpreendeu as projeções de Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos.
Por fim, o presidente do BC defendeu cautela nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom). Segundo ele, a autoridade monetária não pode reagir de forma imediata a indicadores pontuais, como a deflação registrada no IPCA-15 de agosto, mas sim observar tendências mais duradouras antes de decidir eventuais cortes de juros.
Fonte: Jovem Pan - 27/08/2025
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